Aulas interdisciplinares: conhecimento, aprendizado e protagonismo

Blog Colégio PGD Fundamental Anos Finais 8 de novembro de 2021

Aulas com conteúdos dinâmicos? Queremos!

Debates e alunos participativos? Temos!

Professores engajados? Com certeza! 

Partiu interdisciplinaridade? Hein?

Tá, vou explicar! Aqui no Colégio PGD, as aulas interdisciplinares, ou seja, atividades que relacionam mais de uma disciplina a um mesmo conteúdo, são uma realidade, ocorrem com frequência e geram excelentes resultados. 

Um exemplo é o trabalho que as professoras Daniela Hypolyti, de História, e Luciana Bataglia, de Produção de Texto, estão desenvolvendo junto aos alunos dos 7º anos do Fundamental Anos Finais. Enquanto a professora de História abordou o tema “A formação dos engenhos e a sociedade açucareira do Brasil colonial”, a professora de Produção de Texto trabalhou a Literatura de Cordel.

“No projeto de Cordel trabalhamos a criação de rimas, algo que não é fácil, especialmente dentro de uma temática histórica focada na formação dos engenhos no Brasil. A minha parte foi reforçar o momento cultural tão rico que o negro trouxe para o país. Eu e Daniela demos aula juntas onde contamos como era a vida dos engenhos, como eram as festas, as danças, as histórias e as rimas através do cordel”, conta a professora Luciana Bataglia.

Elas revelam que, após a apresentação dos conteúdos, os alunos se tornaram os principais agentes do processo. “Quando o foco é a interdisciplinaridade, colocamos o aluno como protagonista do processo de ensino e aprendizagem. Ele vai colocar no papel o que aprendeu em sala… é o momento dele, o aprendizado torna-se muito mais significativo, ele consegue olhar para o processo histórico que está estudando e entende a importância daquilo. Nós estamos estudando o passado para compreender o presente. É possível olhar para o presente, ver como se formaram as bases no passado e, com isso, ter uma projeção de futuro”, pondera a professora de História Daniela Hypolyti, que reforça o quanto a contextualização histórica contribui como repertório para basear os textos produzidos.

Planejamento e bons resultados

Luciana Bataglia e Daniela Hypolyti contam que foram realizados outros projetos em conjunto: Expansões Marítimas e produção de depoimentos em primeira pessoa; Comércio africano de escravos e produção de crônicas sobre Racismo estrutural; e agora sobre os Engenhos e o Cordel.

“A interdisciplinaridade é muito falada, mas pouco praticada. Os livros que trabalhamos trazem conteúdos que dialogam entre si, mas é preciso que o professor faça o link. Para isso é preciso planejamento, busca de material e uso adequado de ferramentas”, explica a professora de História do Fundamental Anos Finais, Daniela Hypolyti.

Para elas, a interdisciplinaridade vai além da aprendizagem para tocar algo mais profundo. “Envolve algo mais subjetivo, que é o sentimento do aluno. Estamos cumprindo nosso papel de professor mediador, vendo que eles estão desenvolvendo habilidades e sentimentos que vão levar para a vida. Certamente serão pessoas diferentes lá fora, pois conseguem enxergar, criar e ver o outro, contribuindo para a sua formação como cidadãos éticos.”

É claro o brilho nos olhos de educadoras, que observam o resultado do trabalho desenvolvido. “É um orgulho danado e uma realização para o professor, ver o aluno como protagonista e ver o resultado disso, mostrando que ele chegou a uma conclusão, promovendo empatia, compreensão do outro, do passado e do presente. É muito bom”, diz Luciana.

Para Daniela Hypolyti, as disciplinas dialogam entre si e a dinâmica das aulas, com os alunos participando e percebendo os conteúdos de uma forma leve e fluida é algo muito positivo. “Percebemos o resultado também nas provas sobre os conteúdos debatidos. A interdisciplinaridade é um caminho sem volta. Gosto muito da fala do antropólogo Edgar Morin diz que “Conhecimento não é “insular”, mas peninsular”.

Esta parceria dinâmica forma o ambiente ideal para o Projeto de Vida, trilha de aprendizagem que estará presente em 2022 e que tem como objetivo, proporcionar a interdisciplinaridade, criando uma visão mais ampla junto aos alunos.