Ex-aluna do PGD é mais jovem doutora do Brasil

Colégio PGD 10 de março de 2023

A professora e pesquisadora Susanah Yoshimi Watanabe Romero defendeu sua tese de Doutorado na UEL com apenas 25 anos. Com isso, Susanah, que foi aluna do Colégio PGD, tornou-se a doutora mais jovem em Estudos da Linguagem do Brasil.

“Eu cresci rodeada de histórias. Eu costumo dizer que antes de aprender a escrever, eu já escrevia. Crescemos – eu e minha irmã Jessica – com muito acesso à cultura: livros, filmes, teatro. Fiz ballet, teclado… e isso nos proporcionou um senso crítico muito apurado”, conta Susanah. 

Doutora mais jovem do Brasil
“Eu cresci rodeada de histórias…”

A mais jovem doutora do Brasil revela que a grande responsável pela rica infância foi a avó, Sra. Yoshiko Watanabe, professora do IEEL – Instituto de Educação Estadual de Londrina e, desde sempre focada nos estudos. “Ela veio muito jovem do interior de São Paulo para fazer o ginásio com as freiras em Londrina”, relembra a neta. “As histórias que ela nos contava e sua vida sempre foram uma inspiração para mim.”

Professores do PGD

Em 2008, delicadas questões da vida pessoal de Susanah coincidiram com a mudança de escola: ela e a irmã passaram a estudar no Colégio PGD. A então menina começou a extravasar os sentimentos escrevendo poesia. Muita poesia escrita em cadernos, cadernetas, algo que chamou a atenção da professora de Espanhol Paula Andréa Rodrigues Fontoura Massi. 

“Com toda delicadeza, ela me entendeu, me incentivou, pedia para mostrar o que eu produzia, indicava autores para eu ler, orientava… Foi uma professora que marcou muito.”

Real importância

Outros professores que marcaram sua passagem pelo PGD foram a professora de Português e Gramática, Márcia Rosa Souza Caslavisky que, percebendo sua disciplina para os estudos, a colocou em um Projeto de Comunicação, e o professor Borges, de Química.

“Um dia, durante a aula, eu estava imersa nos meus poemas. O professor chegou perto e disse: “Isso que você está escrevendo é mais importante do que aquilo que está no quadro.” Ele me enxergou como eu sou, e por isso, sou muito grata. Ele sabia o que era realmente importante em minha vida.”

Mestrado e doutorado

No Ensino Médio, nas aulas mais puxadas de Literatura e Gramática, enquanto os alunos torciam o nariz, Susanah ficava cada vez mais encantada. “Eu achava tudo muito legal, como usar as palavras… A poesia passou a ser uma forma de expressão da beleza. E a poesia me levou para o curso de Letras.”

No primeiro ano do curso, começou a participar das aulas de Iniciação Científica, e recém formada, mergulhou no Mestrado. “Quando abriu o processo do Mestrado, eu escolhi analisar o discurso religioso em um texto de Guimarães Rosa, usando como base teórica, a análise do discurso. Eu era tão nova (20 anos) que a idade do formulário constava somente a partir de 21 anos”, relembra. 

Antes mesmo de concluir o mestrado, Susanah já estava inscrita em uma disciplina que tinha, segundo ela, um nome muito bonito: A estética do movimento criador. “O que me levou para a aula foi o interessante nome da disciplina. Quando a professora Edina Panichi entrou na sala, eu já me encantei. Quando ela começou a falar eu pensei: “Eu quero isso… mas preciso terminar o mestrado.” Ela foi a minha orientadora do doutorado e carinhosamente me chama de Meu Bebê.”

Pós Doc

Isso mesmo! Susanah não pensa em parar os estudos. “Quero seguir estudando Guimarães Rosa, descobri muitas coisas durante o doutorado e quero continuar a pesquisa, mas agora em outra universidade. Espero definir já em 2023.”

Gratidão ao PGD

A jovem professora e pesquisadora Susanah Romero tem lembranças boas do PGD. “Foi um período de muitas indecisões, mas tenho muita gratidão por esse lugar que me acolheu. Os professores foram muito especiais. Assim como minha orientadora Edina Panichi, esses professores do PGD não são apenas professores, são pessoas que nos impulsionam a irmos além, e a quem sou muito grata.”